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Rotação da cultura entre cana e soja melhora o solo, diz agrônomo

A rotação da cultura entre cana e soja promove melhorias nas condições físico, químicas e biológicas no solo, diz agrônomo Hamilton Rosseto.

A prática promove a perfeita conservação do solo, controle de pragas, doenças e ervas daninhas.

Também faz a fixação de nitrogênio e ciclagem de nutrientes, aumentando, consequentemente, a produtividade da cana-de-açúcar.

O agrônomo destaca que a rotação também pode ocorrer com outras espécies de leguminosas, amendoim, crotalária ou até mix de plantas.

“A produção de oleaginosas, particularmente a soja, representa uma oportunidade de aumentar a produtividade da terra e tem, por consequência, muitos benefícios para o cultivo da cana-de-açúcar”, avalia.

Neste mês de abril a colheita da soja está sendo concluída e Hamilton Rossetto, que é engenheiro agrônomo e sócio da PHD Cana, fala da importância deste trabalho na região.

“Nós adotamos há 9 anos a rotação da cultura da cana com a soja, quando surgiu um projeto chamado “Mais Soja, Muito Mais Cana “, da cooperativa Camda. Com o passar do tempo este programa foi ganhando corpo com aumento significativo da área explorada”, explica Rossetto.

Na cultura da cana de açúcar após o plantio, são colhidas, em média, 5 safras (5 anos) e depois o canavial precisa ser reformado para receber novas mudas. É neste intervalo em que a soja é plantada.

“Normalmente, a gente faz o plantio da soja na rotação nos meses de outubro e novembro. O ciclo da soja é de 110 a 140 dias, conforme a variedade. Nós procuramos variedades precoces, de ciclo curto, para adequar o replantio da cana”, explica o produtor de cana.

Hamilton Rosseto enfatiza que “este trabalho é muito importante porque a cultura principal da região é a cana-de-açúcar. E o nosso foco principal é a cana-de-açúcar, a soja entrou para agregar valor agronômico, econômico e social em nosso negócio”.

Região planta cerca de 20 mil hectares de soja

Na região de Lençóis Paulista, são plantados cerca de 20 mil hectares de soja na rotação de cultura.

Na PHD Cana, empresa em que Rosseto é sócio, a área plantada varia de 3,5 a 4,5 mil hectares por ano em várias propriedades da região.

“No Estado de São Paulo, fala-se em 500 mil hectares de soja em rotação de cultura com cana. É um número muito expressivo, porque o Estado inteiro tem em torno de 1,3 milhão de hectares de soja, sendo que 500 mil está vinculado a cana”, analisa.

Outro ponto importante elencado por Rosseto está relacionado as vantagens sociais, já que com a rotação de cultura houve uma queda na dispensa de funcionários safristas porque na entressafra os trabalhadores canavieiros trabalham na lavoura da soja.

A soja colhida na região de Lençóis Paulista é armazenada em silos nas cooperativas e, posteriormente, comercializada no mercado interno ou exportada.

Confira abaixo a entrevista completa:

Rotação de cultura entre soja e cana promove melhorias no solo

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